21 de mar. de 2008

juno

Sexta-feira Santa, calorão em Porto Alegre, tudo conspirando por um ar-condicionado. Como aqui em casa só tem ar no quarto, e eu já tinha ficado tempo demais dentro dele (acordei a 1 da tarde), nos tocamos pro cinema. O filme escolhido foi Juno, depois de eu descobrir que Sangue Negro tem quase 3 horas de duração. Não sou que nem o Fredo, que não entra num cinema se o filme tiver mais de 120 minutos, mas 3 horas também já é demais. Preferimos esperar pra chegar em DVD, porque pelo menos dá pra ir ao banheiro durante a sessão.

Mas Juno foi uma grata surpresa. Quer dizer, pra mim nem tanto, pois já tinha lido várias críticas e resenhas. Eu sempre sei bem do que trata o filme antes de assistir. O Fredo não, ele gosta de assistir sem saber nadinha. É que ele confia no meu bom gosto :-)

Juno é um filme fofo. Até chorei (grande novidade, quando eu não choro num filme?). Esse negócio de engravidar na adolescência é punk. Eu passei incólume por essa. Quantas amigas e conhecidas minhas engravidaram ou fizeram um aborto? Nossa, foram muitas. Uma barra, né? Agradeço por não ter passado por nenhuma das experiências.

Mas isso só vale quando se é adolescente. Agora, aos 30 anos e casada há mais de 4, a pergunta que eu mais ouço é: e o bebê, quando é que vem? Sério, respondo a esse tipo de pergunta quase todo dia. Minhas respostas variam, depende do interlocutor. Ainda tenho tempo... Estou numa fase em que o trabalho é a prioridade... Ainda não decidi se vou ter ou não... Acho que vamos adotar... Estamos conversando a respeito... Nosso apartamento é muito pequeno... Preciso fazer umas coisas antes... Não estou preparada para deixar de ser a pessoa mais importante da minha vida...

O fato é que vou ter que tomar uma decisão em breve. Ainda tenho tempo sim, mas não muito, o prazo de validade tá chegando. Acho um saco isso, essa obrigação que as mulheres têm de ter filhos, como se não ter fosse anormal. As pessoas realmente acham anormal. E aí vem a pressão. Tem que ter, se não tiver vai se arrepender.

A Nahana, minha massagista ayurvédica, disse que no meu mapa astral a minha "casa dos filhos" é vazia. Isso quer dizer que eu tenho liberdade pra decidir. Tem mulheres que vieram ao mundo predestinadas a serem mães, mas esse definitivamente não é o meu caso. Vou ter que escolher mesmo.

Bom, esse assunto dá muito pano pra manga. Se eu for escrever tudo o que eu penso a respeito, esse post vai ficar gigante. Então vou ficando por aqui.

E não perca Juno! Um filme simples e muito bom.

Um comentário:

  1. chama o fredo e leiam isso aqui: http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a1808849.xml&template=3898.dwt&edition=9547&section=100

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Elucubre vc também!