20 de set. de 2008

maré de sorte

Consegui. Depois de praticamente me conformar de não ir ao show da Adriana Calcanhotto, apelei para o improvável: a piedade da produção dela. E não é que deu certo? Pois é. Mandei um e-mail e contei toda a minha história triste (e verdadeira) que me impediu de acessar o site do Poa em Cena ou de chegar no Gasômetro a tempo de comprar os ingressos.

Logo no outro dia veio a resposta. Eu deveria ligar no dia 18 para uma outra pessoa que talvez pudesse me conceder dois convites. Fiquei empolgada pelo simples fato de ter recebido aquele e-mail, embora achasse difícil que alguma coisa saísse dali. Mas não ia deixar de tentar, é claro. Liguei no dia combinado e me pediram para ligar de novo no dia seguinte, pois ainda não era possível saber se haveria convites disponíveis. Quando liguei, pasmem: "ok Fernanda, vá lá hoje, me liga às oito e meia que eu digo pra você onde os convites vão estar". CARACA! Eu estava na lista de convidados da Adri. Um envelope com o meu nome e dois ingressos dentro me esperava. Primeira fila da platéia alta.

Não sei o que dizer do show. Apenas que está no meu Top Five. Que foi divino. Que Adriana Calcanhotto é um ser superior, não é desse mundo. É deusa. E também que ela cantou uma música do Guilherme Arantes. Ela também! Eu cantei Coisas do Brasil. Ela cantou Meu Mundo e Nada Mais. Nós duas cantamos Guilherme Arantes no mesmo dia. Temos, afinal, algo em comum.

Esse episódio só reforça alguns ditos populares, como "a esperança é a última que morre", "quem espera sempre alcança", "sou brasileiro e não desisto nunca". E me deu também um alento. Minha performance ontem no sarau deixou a desejar. Fiquei extremamente nervosa e as coisas não saíram tão bem quanto nos ensaios. Fiquei desapontada. Mas não vou desistir nem me deixar abater. Vou seguir em frente nas coisas que gosto. Mesmo que não importe pra mais ninguém. Mesmo que seja só pra mim.

A foto ali em cima é de Fernanda Chemale / Divulgação PMPA.

16 de set. de 2008

cantar pra quê?

Essa semana estou me preparando para fazer algo muito legal. Minha professora de canto, Karine Cunha, e o marido dela, Marcos Bonilla, vão promover um sarau de canto e violão na Palavraria Livraria e Café, ali na Vasco da Gama. Vai ser uma espécie de despedida deles, que estão indo passar uns meses no Nordeste para fazer shows e mostrar o excelente trabalho que desenvolvem como músicos.

E eu, aspirante a reles mortal que canta, estou ensaiando (menos desesperadamente do que na época do casamento da Fê e do Ricardo, é verdade) umas músicas para apresentar aos convidados. Serão 3,3 músicas, isso porque serão três inteiras e 1/3 de outra, já que dividirei os vocais com outras duas alunas.

Estou ansiosa, mas até que nem tanto. Acho que sempre esperei por um momento desses, de tanto que gosto de cantar. Chega uma hora que cansa ficar cantando só no chuveiro. Ainda mais depois de quase dois anos de aulas. A evolução é visível, ou audível. É claro que continuo sendo uma reles mortal, mas uma reles mortal afinadinha.

O fato é que cantar - bem ou mal - me faz bem. Hoje, ouvir minha própria voz me faz bem. Antes eu tinha vergonha, não cantava alto, não sabia se podia, se conseguiria. Agora não, sei que posso fazer uma porção de coisas. Ainda tenho os diabinhos que me acompanham, que me impedem de, às vezes, alcançar as notas que eu sei que alcanço, ou de sustentar uma nota por mais tempo, ou de ter ar suficiente pra cantar uma frase até o fim... mas aos poucos estou superando isso.

Aí eu (e muita gente que sabe que eu faço - e pago! - aulas de canto) me pergunto: pra quê? Não, não pretendo virar cantora. Too late. Não sei se essa pergunta tem resposta. É como tentar explicar porque eu tenho esse blog. Quem o lê? Não faço muita idéia. De vez em quando alguém comenta alguma coisa. Mas a audiência é bem pequena. Mais ou menos como cantar: minha platéia mais freqüente é o Fredo, que não tem pra onde fugir, e a minha professora. Nessa sexta-feira, mais algumas pessoas vão poder conferir esse "talento" que eu tento desenvolver.

Continua sem resposta... Pode ser só "porque eu gosto"? Acho que sim, né? É como escrever o blog. Adoro escrever. Eu trabalho escrevendo, só que pros outros. Aqui, eu escrevo pra mim, é um exercício. Lidos ou não, esses textos retratam meus bons e maus momentos e registram coisas sobre mim, hoje e no futuro. E servem para melhorar meu português, meu vocabulário, minha escrita.

Cantar é um pouco assim. Hoje eu ouço música de outra forma, meu ouvido está muito mais seletivo. Estou musicalmente mais inteligente, não sou mais uma mera ouvinte. Me sinto mais próxima dos artistas que admiro, entendo-os melhor.

O próximo passo é aprender a tocar violão... mas pra quê? Ah, essa resposta é bem mais fácil: pra eu poder me acompanhar, ora! Pra não depender dos outros e poder cantar a qualquer hora, em qualquer lugar...

Humm, acho que arrumei mais uma atividade extra.

7 de set. de 2008

a tabela


O Fredo ultimamente anda hipnotizado pela tabela de classificação do campeonato brasileiro. É impressionante o fascínio que essa tabela exerce sobre ele. São horas olhando pra ela, seja na tela do computador, seja na TV. A casa fica toda silenciosa, nem um zumbido: é o Fredo analisando os números, fazendo cálculos, tentando prever quem sobe, quem desce... É ele e o Oswald de Souza.

Engraçado é que isso nunca tinha acontecido antes, que eu lembre. O Fredo é gremista, mas nunca foi fanático, raramente vai ao estádio e só em jogos mais importantes se abala até o boteco da esquina pra assistir, caso não esteja passando na TV. Mas tem uma explicação. É que os prognósticos são os melhores possíveis. O Grêmio é o primeiro da tabela há várias rodadas. E tem tido uma sorte incrível no resultado dos adversários. Ou seja (dá até medo pensar nisso), temos enormes chances de ser campeões em 2008.

Números fascinam quando são favoráveis.

5 de set. de 2008

better, better, better


Things are getting better, that's all I have to say.

I'll be there!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!