14 de jun. de 2008

uma ode ao amor... e à futilidade

Ontem eu falava sobre sentir saudade de livros. Tem uma outra coisa de que eu também sinto muita saudade: Sex and the City. Durante uns cinco anos a série foi uma espécie de alimento pra mim, era um compromisso inadiável. Mas aí ela terminou e eu fiquei devastada, órfã, igualzinho àquela sensação de quando os bons livros acabam.

Hoje matei a saudade indo ao cinema assistir a Sex and the City - O Filme. Nada menos do que o gran finale de uma história que acabou no momento errado. Não podia ter terminado ali, com tantas coisas a serem resolvidas. Como sobreviveríamos sem saber o que de fato aconteceria com Carrie e Mr. Big? Ok, ele foi atrás dela em Paris, e foi lindo, mas e aí? Daria certo?

Os críticos obviamente falaram mal do filme. O que eles precisam entender é que esse filme não foi feito para os críticos, mas para os fãs. Danem-se os críticos. E o roteiro nem é tão ruim quanto disseram. Who cares se Manolo Blahnik, Lois Vuitton e Vivienne Westwood são tão personagens quanto Carrie e Samantha? Não fosse assim, não seria Sex and the City.

Ok, eu admito: essa é uma opinião de fã. Portanto, carece de qualquer bom senso e critério. Se eu fosse isenta, criticaria o filme de cabo a rabo, diria que ele é raso como um pires e fútil como Paris Hilton. Mas não. Para uma saudosa fã, nada disso importa. Eu era uma sedenta consumidora que teve suas expectativas totalmente satisfeitas.

E vejam do que estamos falando: da insegurança de ter quarenta anos e ser burocraticamente pedida em casamento por um cara que já aprontou todas. Do estranho sentimento de quem sempre foi autêntica estar vivendo a vida de outro. Do medo de que alguma coisa estrague a felicidade extrema. Da dor de ser traída pelo homem amado. Histórias de qualquer mulher, certo? Releve o fato de elas viverem em Nova York em meio a sapatos e vestidos de grife.

Definitivo (espero sinceramente que não façam uma desnecessária seqüência), emocionante e... fútil. Sex and the City é uma ode ao direito que toda mulher tem de ser piegas, apaixonada e totalmente fútil.

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