9 de jun. de 2008

que lambança

Desde sexta-feira todos os gaúchos estão ligados nos acontecimentos políticos do Estado. Fazia tempo que não se via uma lambança tão grande por aqui. Resumo da ópera: vice-governador (que nunca se deu com a governadora) grava conversa comprometedora com o chefe da Casa Civil, em que este afirma que os grandes partidos - citando PP e PMDB - são financiados por instituições públicas como Detran, Daer e Banrisul.

Merda feita, agora todos nós temos que agüentar a ladainha do deputado Busatto (já demitido) dizendo que estava se referindo ao loteamento de cargos nos órgãos públicos. Ou seja, os CCs financiam os grandes partidos "doando" parte dos seus salários. Ora, pois. O deputado resolveu implantar orelhas de burro e nariz de palhaço em toda a população. A explicação não convence nem o seu mais fiel eleitor.

Ele não disse nada que todos já não soubessem ou, no mínimo, desconfiassem. Mas enquanto não há provas - ou confissões - não há fatos, certo? Tem que ter uma operação da Polícia Federal, uma investigação. O que impressiona é a ingenuidade explícita, a confissão aberta a um inimigo - sim, o vice-governador sempre foi um inimigo do governo Yeda.

Incrível também é a autofagia do governo estadual. Eles estão se destruindo sem que a oposição mova um dedo sequer. Ao contrário do que normalmente acontece - a oposição procurando agulha em palheiro para condenar e difamar o governo a qualquer custo -, eles mesmos estão fornecendo subsídios para que sejam detonados pela bancada oposicionsita e pela sociedade.

Não louvo a atitude do vice-governador Feijó. Será que se sustenta como político depois dessa? Ele traiu um pacto velado que eu imagino existir neste meio, de simplesmente eles aceitarem a corrupção (e se beneficiarem dela). É assim mesmo que funciona, não é, deputado Busatto?

Tudo isso também é uma boa resposta (ou pergunta: viu? viu?) àqueles que votaram na Yeda para tirar o Olívio do segundo turno. Nunca um tiro saiu tão pela culatra como este. Ela nem devia ser nossa governadora, porque votaram nela sem querer elegê-la. Ô, culatra!

O que pode acontecer agora? Tem gente falando em impeachment, eu não iria tão longe. Espero, apenas, que o governo Yeda possa retornar ao trabalho e tocar em frente a gestão, porque o Rio Grande do Sul não pode parar. Independente de quem ocupe o Piratini.

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