24 de dez. de 2008

coisas boas e ruins de um show da madonna

(Tentar) ver Madonna no Morumbi foi uma experiência e tanto. É muito provável que esta tenha sido minha última vez num show em estádio e, principalmente, na pista. Esqueci o dorflex e quase morri de dor nas costas, depois de passar horas em pé ou muito mal sentada no chão. Nunca fui fã de freqüentar estádios nem pra ver o Grêmio jogar, abri uma exceção porque, afinal, é Madonna, e acho que tão cedo ela não pinta no Bourbon Country...


Vamos aos fatos. Primeiro, o show atrasou 1 hora e meia. E aqui fica meu protesto: esse povo de São Paulo é muito pacífico! Ficou ali como se um atraso desses fosse normal! Eu queria reclamar, mas o que seria minha voz sozinha entre 70 mil? Não ouvi um ai. Defeito ou virtude dos paulistanos, que certamente eram maioria lá? Não sei, mas fiquei revoltada. Quieta, mas revoltada.

Eis que então, finalmente, o palco se iluminou... Os telões foram ligados... E ela entrou. E todos, inclusive eu, esqueceram o atraso. E a dor nas costas. E a vontade de fazer xixi. O que tem essa mulher pra fazer isso com as pessoas? Eu, que nem curto muito música pop, que sou muito mais do "banquinho & violão", do samba, da música brasileira, fui totalmente contagiada por aquela freak que não envelhece nunca, que não pára de lançar discos incríveis e que não deixa as britneys e rihannas da vida chegarem nem perto do posto que há anos é dela.

Agradeci por ter me dedicado a ouvir exaustivamente o disco Hard Candy no meu MP3 nas últimas semanas, pois assim pude acompanhar praticamente todas as músicas. E adorei. Juntando essas com um punhado de outras mais antigas que ela cantou e está feito o show perfeito, que remete uma guria de 31 como eu a várias fases da vida, principalmente à tão remota adolescência.

Pena mesmo que não vi muita coisa. Em meus minguados 1 metro e 65, não fui páreo para meio Morumbi com mais de 1,70. Pescoção esticado, ponta do pé, nada resolveu muito. Diante de tudo isso, o saldo da experiência é uma mistura de coisas boas e ruins. Mas a conclusão é que as coisas boas neutralizam as ruins, como acabei percebendo depois que fiz essa listinha:

Gostei:
- Do show em si, da produção, dos efeitos visuais, do som que estava impecável. É puro entertainment, é espetáculo. Expectativas atendidas e superadas.
- Da companhia perfeita do meu amigo Sandro, super parceirão que até ergueu várias vezes as dezenas de quilos deste corpitcho (aff...) pra eu ver melhor o palco.
- Da simpatia da Madonna (por essa eu não esperava), que bateu altos papos, reclamou da chuva (até os popstars falam sobre o tempo...) e sorriu muito.
- Da tranqüilidade daquele povaréu. Nem sombra de violência, pelo menos por onde eu passei.
- Do repertório mesclando músicas novas e antigas.
- Do momento Like a Prayer. Nunca pulei daquele jeito num show!
- Das cervejas geladas que tomei (só isso e muita sede pra salvar uma Sol).

Não gostei:
- Do atraso de 1 hora e meia.
- Do conformismo do público com o atraso de 1 hora e meia.
- Da Madonna ter ficado quase metade do show dançando no chão (se em pé já era ruim enxergar, imagina deitada).
- Da desafinação da Madonna cantando Borderline em ritmo de rock.
- Da Madonna fingindo tocar guitarra.
- De a Madonna ter recusado o pedido de um cara para cantar Open your heart. Se só ensaiou Express yourself, por que pergunta?
- Da altura da Madonna (vai ser baixinha assim no inferno!).
- Do cabelo da Madonna (ela já teve momentos melhores).
- De a única cerveja a venda lá ser Sol.
- De ter sido obrigada a entrar no estádio do São Paulo (grrrrrrrrrrr)

3 comentários:

  1. fernanda, paulistano perde tanto tempo no trânsito, que hora e meia pra esperar a ciccone-master é lucro. por isso eles te pareceram tão pacatos.
    agora confessa: não pintou uma vontadezinha de enterrar umas minas no campo, pra tentar evitar mais uns triunfinhos são-paulinos, não?

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  2. uuuiiii que chiqueiro aquilooooo
    uma coisa eu garanto mimi, eu e aquelas 150 mil pessoas que passaram por lá sufocamos e detonamos o gramado do morumbi, no mínimo vai dar um trabalhão botar aquilo lá nos trinques de novo!

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  3. ouié! pelo menos um bocadinho do muito dinheiro que eles têm pra melhorar o timinhozinho agora vão ter que investir num bom agrônomo e em grama nova. valeu, fernanda e os 150 mil!

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Elucubre vc também!