9 de ago. de 2008

a balada que não é a minha


Ontem, impulsivamente, aceitei o convite da minha amiga Fê pra ir a uma boate, a tal República de Madras. Eu estava mesmo a fim de fazer algo diferente nesse final de semana, daí ela me ligou, achei que veio bem a calhar, consegui convencer (ou obrigar) o Fredo a ir... e fomos.

Não sei porque ainda insisto. Não adianta, eu até teria curtido uns anos atrás, mas pensando bem, esse tipo de balada nunca foi a minha praia. Não gosto de música eletrônica, não entendo a lógica de ficar pulando ao som de tunt tunt, de as pessoas ficarem horas em pé e não poderem se sentar porque não há sequer um banquinho de bar disponível... pois não há bancos no bar.

Ok, estou ficando velha, eu sei. Acho que comecei a ficar velha faz tempo, desde que descobri do que realmente gosto. Eu gosto mesmo é de estar em um lugar confortável, de só me levantar quando - e se - quiser, para dançar ou para conversar com alguém, bebendo chopp, cerveja ou vinho e, claro, ouvindo estilos musicais como samba, MPB, rock 'n roll...

Também, como é que alguém que gosta de Chico, Tom, Cartola, Caymmi, Vinicius, Lupicinio, Beatles... como uma pessoa que vai ao show do Quarteto em Cy, do Luiz Melodia (dia 26) e do Danilo Caymmi (domingo que vem!), vai curtir balada e música eletrônica? Eu devia ter nascido na década de 50, devia ter sido jovem nos anos 60. Assim, quem sabe, não me sentiria um peixe fora d'água fazendo algo que devia ser natural pra minha idade.

Ah, mas azar, né? Sou muito mais o meu gosto do que o deles. Egoisticamente, acho que quem sabe o que é bom sou eu.

E outra: fazendo uma análise antropológica da coisa, o lugar que, dizem, é o melhor para dançar em Porto Alegre, consegue reunir em uma noite de sexta-feira umas pessoas (desculpem a sinceridade) feias, mal arrumadas e que quase não consomem (ó a empresária falando). A faixa etária - 20 a 25 anos - é de quem está na faculdade e, portanto, ainda não tem grana. O ingresso é 20 a 30 reais por pessoa, mortinho. O resultado disso é um bando de gente careta e dura que só está ali pra dançar e caçar (ou seria "pegar"?).

Tão cedo eu não entro num lugar desses de novo. Fiquei é louca pra ir ao Bar do Nito, e mais ainda pra ouvir minhas músicas de mil novecentos e antigamente. Essa é a balada que eu gosto.

2 comentários:

  1. Ferzinha, o que tu quiz dizer com "sou muito mais o meu gosto do que o deles"?? Se era dos jovens atuais que tu estavas te referindo ok, mas se era de nós (eu, Ricardo e Alê)estás errada, porque nós tb odiamos o lugar e esse tipo de festas. Aliás, estou louca prá conhecer o tal Bar do Nito, nunca fui... Quem sabe a gente vai no sábado próximo (20/09), topas???

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  2. é...conheci o blog só porque fui te dar parabéns e não consigo parar de ler..que cachaça...me vejo em cada post relembrando as minhas mazelas...rs...Concordo contigo, não tem lógica música eletrônica, gente mal vestida, dura e que só quer se "pegar" é muito mais divertido bater papo num bar ouvindo música de qualidade e na companhia dos amigos...ah...também tenho saudade do bar do nito...tenho que voltar lá...bjo!

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Elucubre vc também!